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quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Racionalismo II


Características do pensamento moderno

A partir do Renascimento, a religião, suporte do saber na Idade Média, sofreu diversos abalos com o questionamento da autoridade papal, o surgimento do protestantismo e a consequente destruição da unidade religiosa na Europa Ocidental. Decorrem daí as características desse novo momento histórico.

 Antropocentrismo: enquanto o pensamento medieval é predominantemente teocêntrico, o indivíduo moderno coloca a si próprio no centro dos interesses e decisões. Às certezas da fé, contrapõe-se a capacidade de livre exame. Até na religião os adeptos da Reforma defendem o acesso direto ao texto bíblico, dando a cada um o direito de interpretá-lo.

Racionalismo: ao critério da fé e da revelação, opõe-se o poder exclusivo da razão de discernir, distinguir e comparar; a atitude polêmica perante a tradição recusa o dogmatismo.

O saber ativo: em oposição ao saber contemplativo, o conhecimento não parte apenas de noções e princípios, mas da própria realidade observada e submetida a experimentações; como decorrência, o saber adquirido devido à aliança entre a ciência e a técnica deve voltar à realidade para transformá-la.

O método: a busca do método adequado marca o ponto de partida de vários pensadores do século XVII, como Descartes, Espinosa e Francis Bacon. O próprio Galileu, no mesmo século, teorizou sobre o método científico, o que representou uma verdadeira revolução: o rompimento da ciência com a filosofia aristotélico-escolástica, em busca de seu próprio caminho.

(ARANHA, Maria Lúcia de A. e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução a filosofia. 4. ed. São Paulo : Moderna, 2009. p. 365)

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