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domingo, 30 de setembro de 2018

Não me rotule

não sou o que você quer
não sou o que você pensa
não sou o que você imagina
não sou aquilo que disseram de mim

sou mais
sou além de
sou indefinido
sou incompleto

não me rotule
apenas me sinta
perceba que estou aqui
sou presença

Você pode ser comigo
não se limite
se jogue na vida
viva.

Quirino
Primavera
Salvador
2018

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Sua Jornada

Quantas vezes você quis dizer aquilo que você sente, mas as palavras não conseguiram segurar ou apreender seus pensamentos. Quantas vezes a boca das outras pessoas disseram aquilo que já estava dentro de você. Sei. É estranho. Mas a verdade é que desistimo das coisas antes das coisas acontecerem. Desistimo das coisas antes das coisas se tornarem reais. E estávamos na direção correta quem diria. Mas não acreditamos.
Sua jornada era ser. Sua jornada nunca foi ter. Sua jornada teve inicio antes do que você apreendeu... como consciência. Você é escravo, oprimido, vive subjugado. Só a consciência aberta, crítica é livre.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

HERÁCLITO



Parmênides




Reflexão sobre as TICs como instrumentos pedagógicos para preparação e dinamização de aulas com o uso das TIC e da internet


A sala de aula é um espaço de encontro e troca de experiências. Neste sentido as TICs representam nos dias atuais, um elo de ligação entre as várias vidas ali presente. A principal característica do livro didático é sua rigidez quanto ao que cada componente curricular deve trabalhar em sala. Em tese não deveria ser assim. Entre as possibilidades que o livro de didático nos proporciona está a introdução do aluno no estudo de conhecimento sistematizado, bibliográfico, pensado e articulado para ser um saber sequenciado.
Não é o livro didático uma reprodução de uma ideologia de quem de certa forma está gerenciando o país. Talvez ainda não tenhamos nos libertados do ranço de um período da história onde o saber era de certa forma controlado, censurado e até reproduzido de uma outra cultura como forma de dominação. As TICs constitui uma libertação? Uma vez que o aluno pode confrontar com outros textos e outras formas de falar do mesmo assunto?  O currículo nem sempre é dinâmico devido o material apresentado pelas instituições de ensino não conseguirem desvencilhar-se de que tipo de conhecimento o aluno precise saber.
O principal desafio é unir livro didático, o que o currículo propõe que aconteça e as novas tecnologias. O livro didático sozinho constitui, hoje, apenas um modo de transmissão de conhecimento, cabe a instituição elencar, contextualizar, os saberes necessários para uma educação a partir da realidade do aluno e com a utilização das novas tecnologias. Hoje, via rede sócias já conseguimos tirar dúvidas, criar grupos privados e de certa forma orientar os alunos.
Quem é o professor do século XXI? Quais são suas principais características? E como ele se localiza, e se situa neste mundo virtual? O que eles expõem? E seus conflitos de interesse versus prática docente? O professor deve possuir um compromisso com a ética para que sua prática não caia na descrença e nem na relativização do saber. Hoje, todos tem acesso então quem quiser que busque. Ao mesmo tempo ainda temos um entrave real que é a juventude da zona rural que ainda não estão todos incluídos neste mundo virtual, ou até mesmo do uso de computadores.
O professor deve atentar para sua prática não se tornar elitista onde um trabalho manuscrito constitui um atraso do aluno. A mídia digital é importante para o professor desde que este aluno esteja também inserido, contextualizado, em um mundo onde a dinâmica do saber gira em velocidade extraordinariamente visível a todos.  A utilização das mídias e variedade de mídias na sala de aula deve constituir uma reflexão também sobre a própria mídia.
Uma experiência que me chamou atenção recentemente foi o fato de um aluno que terminou o ensino médio, fez vestibular para a UNEB, passou e o pesadelo dele estava apenas começando, pois ele não dominava a utilização de computadores. A primeira atividade que o professor passou ele chegou a me procurar preocupado, pois a alegria deu lugar a dura realidade de jovens que ainda não consegue fazer um curso de computação e nas escolas temos o desafio de termos laboratório de informática e não estarmos utilizando devido a burocracia para colocá-lo para funcionar.
As hipermídias e hipertextos constitui um avanço para o professor e para o aluno? Sim. Pois, a cada texto que construímos, lemos encontrarmos as suas conexões e relações com os vários pensamento e temas enriquece além de nos propiciar o encontro com obras de vários escritores e produtores de várias obras. Ao mesmo tempo que as hipermídias constituem um novo formato de apresentar um conteúdo. Uma aula ilustrada com vídeos, imagens e textos sem dúvida se torna mais atraente e bem menos enfadonha para os alunos.

Brasil, uma identidade: afrodescendente?



Apresentação


Nesta sequência didática queremos levar nossos alunos a conhecerem e perceberem a importância da cultura africana em nossa sociedade, que é uma mistura das culturas africanas, indígenas e europeia. Na atual conjuntura, onde percebemos uma grande intolerância as religiões de matriz africana, é justo e necessário que busquemos valorizar as várias expressões de identidade uma  vez que todos nós diariamente percebemos elementos que no une ao povo de um continente tão distante geograficamente e tão próximo culturalmente.

Introdução/Justificativa

A escravidão no Brasil durou 350 anos, segundo Hélio Santos (1996) na introdução do livro “alma africana no Brasil – os iorubas” de Ronilda Iyakemi. E embarcavam anualmente 120.000 escravos por ano segundo Salvador(1981), no mesmo livro. Deste embarque chegavam ao destino final 90.000 a 80.000. Ao mesmo tempo é fato que parte da sociedade brasileira tem algum vínculo com algum afrodescendente quando não são quilombolas ou de algum grupo de identidades tradicinal. Sem contarmos com o fato de termos um  vínculo forte com as religiões de matriz africana, mas não assumimos isto e sempre fazemos ou compartilhamos uma piadinha recheadas de preconceitos e intolerância. Portanto, as atividades que desnvolveremos com nossos alunos será de suma importância para seu desenvolvimento intelectual e social. 

Objetivos específicos

Conhecer a história da áfrica;
Discutir sobre escravidão e liberdade no brasil;
Compreender a legislação brasileira com relação ao negro;
Pereceber a estética como uma discussão sobre o belo e o feio a partir da arte negra;

Conteúdos conceituais

África, afrodescendência, Brasil, escravidão, religiões de matriz africana, estatuto, legislação, estética, orixás, ebó, babalorixá, mamalorixá, sincretismo.

Público Alvo

Estudantes de ensino médio e comunidade escolar

Tempo e realização do número de aulas

1º Momento: Assitir o filme vista a minha pele e promover a discussão 1h/a


2º Momento: Assitir o filme amistad e promover a discussão sobre liberdade  2h/a

3º Momento: Estudar e analisar o estatuto da igualdade racial 1h/a

http://www.ceert.org.br/arquivos/Estatuto-da-Igualdade-Racial-nova-estatura-para-o-Brasil.pdf

4º Momento: Promover com os alunos um momento de trançar cabelos, dreds, maquiar as meninas 2h/a
Para fundamentação teórica o artigo de Nilma Lino Gomes

http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/Corpo-e-cabelo-como-s%C3%ADmbolos-da-identidade-negra.pdf

5º Momento: Criar um momento de experiência do candomblé com o grupo– A alma iorubá no Brasil – Yakemi, R.  2h/a

ou


Total : 7h/a

Materiais utilizados

Estatuto da igualdade racial, Filme (Amistad, Vista a minha pele), Textos (Raul Lody), Textos (Ronilda Yakemi) Cantos dos orixás, cabelos sintéticos, dreds postiço, elementos da oferendas para os orixás.

Descrição/ Desenvolvimento das aulas

As aulas serão expositiva, dialógica, com discussão a partir dos filmes e leituras dos textos
A depender do turno pode-se visitar uma sacerdotisa ou sacerdote do candomblé.

Competência e habilidades

Conviver com as diferentes religiões – Aprender a respeitar
Vivenciar no dia-dia as leis de PIR -  Conhecer os contratos sociais/leis
Despertar a consciência afro-brasileira - Encontrar-se consigo a partir da identidade afrodescendente;
Abrir-se  a discussão sobre negros no brasil – Estudar a questão etnicoracial

Recurso de ensino
Computador, datashow, internet, som

Avaliação

Cada aluno deverá fazer uma imagem da experiência com a temática e como este processo ajudou em sua vida.

                                 









quarta-feira, 13 de junho de 2018


Conversando com Deus
 Frei Betto

- Você acredita que ainda há espaço para mim?

- Que pergunta, meu Deus! O Senhor anda inseguro? Tem lido índices do mercado financeiro?

- É que as coisas na Terra mudam numa velocidade que custo acompanhar. Outrora, eu era conhecido como o Criador. Vocês agradeciam a mim o ciclo das estações, os frutos da terra, a chuva e os ventos, as águas dos rios e os peixes do mar. Qual mesa farta, criei a natureza para o bem de vocês.

- Sim, Senhor, sei que abusamos da oferta. No início, extraíamos dela o necessário à sobrevivência. Para não faltar, respeitávamos os seus ritmos. Depois, descobrimos como reproduzir a natureza: inventamos a agricultura e a pecuária. E o que tinha valor de uso passou a ter valor de troca. Nossa ambição de riqueza transformou a dádiva em mercadoria.

- O que fazem com a inteligência que lhes incuti? - retrucou Deus. - Que diabo de avanço científico é este que deu origem à proliferação de armas nucleares, químicas e biológicas, capazes de provocar destruição em massa? Não percebem que estão destruindo a biosfera?

- Perdão, Senhor. Andamos enrascados num paradoxo: nosso crescimento econômico não beneficia os pobres e ainda resulta em degradação ambiental.

- Outrora vocês estavam submetidos à natureza - ponderou Deus. - Havia estreita ligação entre o ser humano e o seu entorno natural. Era um caso de amor. Agora o processo se inverteu: vocês adquiriram o poder de submeter a natureza.

- Não era o que o Senhor queria? No sexto dia da Criação não recebemos a ordem de dominar os peixes do mar, as aves do céu e os répteis que rastejam sobre a terra?

- Dominar é uma coisa; violar ou estuprar é outra - reagiu Deus. - Vocês foram longe demais: envenenaram rios e mares, poluíram a atmosfera e, agora, interferem nos processos químicos que determinam o envelhecimento orgânico e manipulam tecnologicamente os processos genéticos. Aonde pretendem chegar? Querem criar vida humana em laboratório e alcançar a imortalidade?

- Somos movidos pelo lucro, Senhor. Tudo que multiplica dinheiro constitui uma obsessão para nós.

- Vocês só sabem conjugar os verbos somar e multiplicar? E subtrair e dividir? Como ficam os pobres? - objetou Deus.

- Acabar com a fome dos pobres não traz dividendos, mas clonar seres vivos é sinônimo de muita fortuna. Antes a política comandava a economia. Agora a economia submete a política e escanteia a ética.

- Não percebem que a economia está pelo avesso? - exclamou Deus.

- Explica melhor, Senhor.

- Nunca se produziu tanto com tão poucos produtores. A tecnologia de ponta substitui o trabalho vivo, condenando milhões de famílias à informalidade no setor de serviços e outras tantas à miséria. A violência globalizou-se. A dinâmica do capital acirra uma competitividade exacerbada. Ilhas de riqueza e prosperidade estão cercadas de fome e penúria por todos os lados. Vocês não se dão conta de que promovem o dilúvio e, desta vez, sem uma arca que possa salvá-los?

- É verdade, Senhor, toda a nossa vida social está contaminada pela mercantilização. Ao contrário dos antigos, já não temos uma moral que sirva de raiz à nossa visão do mundo. Nem sei se temos visão do mundo. O limite do nosso horizonte é a tela da TV. Hoje vivemos numa sociedade pluralista, onde a religião também se transforma em artigo de consumo, e a ética desmorona como base de um modo de pensar e agir comum a todos. É cada um por si e Deus por ninguém.

- Apesar disso, continuo torcendo por todos - suspirou Deus. - Sou Pai, mas não paternalista. Não haverei de interferir de novo na história humana, como fiz ao enviar meu Filho. Dei-lhes um mundo paradisíaco - um jardim. Vocês estragaram quase tudo, poluíram o lago, cortaram as árvores, espantaram os pássaros, esmagaram a grama, secaram as fontes. Agora, tratem de consertá-lo. Encontrar fundamentos ontológicos aos princípios éticos e políticos capazes de pautar a vida social e pessoal. Não faz sentido a coesão social derivar da coerção oficial promovida pelo Estado. Criei-os livres, a ponto de poderem me rejeitar e se fechar aos meus dons. Se não resgatarem a liberdade com as armas da justiça, a espiral da violência só tenderá a crescer.

Retomei o início do diálogo:

- Por que pergunta se ainda há espaço para a sua presença? Não vê que o mundo é cada vez mais religioso? Proliferam igrejas, templos, cultos, seitas, movimentos esotéricos. O ateísmo perde fiéis, a fé está mais viva do que nunca!

- Não é esse o espaço que busco - retrucou Deus. - Também a religião se torna fonte de lucro e poder. Minha pergunta é outra: há espaço para mim no coração humano? É a minha vontade que as pessoas buscam? Ou são atraídas pela vaidade, pela ambição, pelo egoísmo? Quem é capaz de me reconhecer na face de quem tem fome, está excluído e oprimido?

- Vou ser sincero, Senhor. Nesse sentido, não há muito espaço. Nossos corações desaprendem a orar, a ter compaixão, a promover o gesto solidário. Temo que, após ter rompido a comunhão com a natureza, estejamos agora esgarçando a família humana. E, de quebra, nossa sintonia com o Senhor.

- Sim, vocês me louvam com os lábios, mas não com o coração. Prestam-me cultos, mas não libertam o oprimido. Amam mais a posse que o dom.

Fiquei preocupado:

- O Senhor vai nos deixar à deriva? Vai cancelar a sua obra, zerar a Criação?

- De modo algum. Por mais estúpidos que vocês sejam, não deixo de amá-los. Nem pretendo abandoná-los. Vocês haverão de aprender com os próprios erros. Espero apenas que não demasiadamente tarde.

Antes que ele se fosse, indaguei:

- Senhor, caso queira encontrá-lo, aonde devo buscá-lo?
- Não precisa ir longe - disse ele com uma ponta de ironia. Basta um mergulho em seu mundo interior. Estou no lado avesso de seu coração. Mas prefiro que também me encontre na face dos que sofrem.

* Frei dominicano. Escritor.


Conversando com o diabo
Frei Betto *

— Você existe mesmo?
— Ora, não lembra o que disse o cardeal Ratzinger? “Para os fiéis cristãos, o Diabo é uma presença misteriosa, mas real, pessoal e não-simbólica”.
— Talvez concorde com o último predicado.
— Por quê? – perguntou o Diabo.
— Porque símbolo, reza a etimologia da palavra grega, é o que une, agrega. O antônimo é diabolos, o que desagrega. Desculpe a minha falta de fé.
— Em mim ou no cardeal?
— Nos dois. Na ausência de uma boa dúvida cartesiana, fico com Spinoza: se você, contra a vontade de Deus, induz os seres humanos a praticar o mal, e ainda nos condena à danação eterna, que diabos de deus é esse que o deixa impune e ainda permite que sejamos punidos por você? Afinal, você é inimigo ou cúmplice de Deus?
— Não esqueça, fui criado por Deus.
— Não como demônio, mas como anjo - observei.
— Sim, agora sou um anjo decaído, pois fiz com que a primeira criatura, Adão, se voltasse contra o Criador. Adão tornou-se cativo de meu reino. Jesus teve que morrer na cruz para resgatá-lo.
— Não me venha com esse papo de Mel Gibson - reagi. — Você bem sabe que Deus tinha o poder de arrancar Adão do reino do mal sem precisar mandar o seu Filho e deixar que sofresse tanto. Qual pai se compraz com o sofrimento do filho? Jesus veio nos ensinar o amor como prática de justiça. E foi vítima da injustiça estrutural que predominava em sua época, como ainda hoje.
— Deus tentou me enganar – queixou-se o Diabo. — Manteve em segredo o nascimento de Jesus. Mas à medida em que o Filho crescia, fui percebendo quão perfeito ele era. Quis, portanto, tê-lo ao meu lado.
— Você tentou seduzi-lo três vezes e quebrou a cara. Prometeu-lhe os reinos deste mundo, mas ele preferiu o de Deus; mandou que transformasse pedras em pães, mas ele não acedeu à primazia dos sentidos; quis vê-lo voar como os anjos, atirando-se do pináculo do Templo, mas ele optou pelas vias ordinárias, e não pelos efeitos extraordinários.
— Admito que não consegui dobrá-lo aos meus caprichos. Mas desencadeei as forças do mal contra ele, até que morresse na cruz.
— Mas ele ressuscitou, venceu o mal – frisei.
— Sim, Deus me enganou.
— Como assim?
— O homem Jesus era a isca na qual Deus escondeu o anzol da divindade de Cristo. Ao perceber isso, era tarde demais.
— Por que Deus, em vez de sacrificar seu Filho na cruz, não matou você?
— Isso é um segredo entre mim e Deus.
— Não posso acreditar que Deus comparta qualquer coisa com você, como as almas de seus filhos e filhas, e nem mesmo a existência. Ou acha que vou acreditar que a falta de Adão tenha sido mais grave que o assassinato do Filho do Homem na cruz?
— Eu sou a contradição de Deus – vangloriou-se o Diabo.
— Você já leu Robinson Crusoé? Lembra da “catequese” que ele tentou impingir em Sexta-Feira? Este indagou: “Se você diz que Deus é tão forte, tão grande, ele não é mais forte e mais poderoso que o Diabo?” Crusoé confirmou. Então Sexta-Feira concluiu: “Por que Deus não mata o Diabo para ele não fazer mais maldade?” Embaraçado, Crusoé fingiu que não ouviu.
— O que você responderia? – indagou o Diabo.
— Diria que Deus não pode matar o que não criou. Você é uma criação das religiões arcaicas que dividiam o mundo entre as forças do bem e do mal, o que a Bíblia rejeita, embora alguns políticos atuais queiram justificar seus ímpetos bélicos e suas ambições imperialistas na base desse dualismo.
— Mas eu figuro na Bíblia! – exaltou-se ele.
— O que não significa que de fato exista, assim como Adão e Eva também estão citados lá e nunca existiram. Adão significa “terra” e Eva, “vida”. A Bíblia, como um livro em linguagem popular, antropomorfiza conceitos abstratos. Ou você acha que Elias subiu ao céu num carro de fogo e que existe o dragão citado no Apocalipse?
— Então você não crê na minha existência? Como explica tanto mal no mundo?
— Você mente tanto e tão bem que até faz a gente tender a acreditar que existe. O mal é uma decorrência da liberdade humana. Eternizar o castigo é eternizar o mal. Somos chamados a responder livremente ao amor de Deus. E onde há amor, há liberdade, inclusive de se fechar a ele.
— E no inferno, você acredita?
— Fico com Dostoievski, “o inferno é a incapacidade de não poder mais amar”. Borges frisa que “é uma irreligiosidade” crer no inferno.
— Mas eu sou real – insistiu o Diabo.
— Deus não tem concorrente – rebati. — Nós inventamos você para nos eximir de nossas responsabilidades e culpas, por nem sempre corresponder ao que Deus espera de nós.
Frei Betto é escritor, autor de “Treze contos diabólicos e um angélico” (Editora Planeta)

sábado, 9 de junho de 2018

intersubjetividade













FILHO, Juvenal Savian. Filosofia e Filosofias: Existência e Sentido. Belo Horizonte, Autentica Editora. p 16


sexta-feira, 8 de junho de 2018

DESCONSTRUÇÃO

                                              

1. INTRODUÇÃO

O que é desconstrução? esta pergunta parece ser simples mas aplicada com a metodologia da filosofia é transformada em um questionamento sobre viver, existir e tudo que nos relacionamos.A nossa reflexão parte basicamente da reflexão que, (FILHO, J. Savian), no seu livro filosofia e filosofias: existência e sentidos.
 
 https://youtu.be/JstTXJMbb-0

2.QUESTIONAMENTO/DESENVOLVIMENTO
Como nós entendemos desconstrução em nosso tempo? quando alguém fala em desconstruir algo o que vem em sua mente? o que significa existir? Como a ek-sistência ( na concepção do dicionário básico de filosofia de JAPIASSÚ, Hilton e MARCONDES, Danilo) diz sobre meu estar no mundo?

3.CONTEXTUALIZAÇÃO

As verdades estabelecidas por instituições e por pessoas, muitas vezes em vez de conduzir a uma plenitude da vida, aprisionam e encerram as pessoas em suas consciências.

4. ATIVIDADES

Em campo devemos analisar aquilo que orientam a vida das pessoas. Quais conceitos regem suas vidas? e Porque?

quinta-feira, 7 de junho de 2018

O fim da escola física - Virtual educa

O que é a escola? - Esta pergunta é simples, mas de uma repercussão imensa. Se respondermos que é o espaço físico então  teremos outras perguntas. O que são as pessoas? O estado? A instituição em si?
Porém, se respondermos que são as pessoas, então a escola não precisa de espaço físico e pode ser em qualquer lugar, de qualquer forma. A escola não é o lugar, nem as instituições, tampouco a escola são as correntes pedagógicas. A escola está além de qualquer definição.

A escola são as pessoas? Joaquim acorda 6 horas da manhã, pois, as aulas iniciam as 7:30. Todos os dias de 7:30 as 12:00 esta é rotina do Joaquim. O que é a escola para Joaquim? A escola existe para ensinar a pensar ou para nos programar para o mercado de trabalho? Quando chegar aos seus 12 anos o que será Joaquim? A escola existe para Joaquim? Ou Joaquim faz a escola existir? O foco da escola dos próximos anos deve ser as pessoas com as mudanças sociais que acontece?

A era tecnológica e o virtual educa -  A tecnologia sempre esteve presente na educação, e foi pela educação que tecnologicamente avançamos, enquanto humanidade. Porém, o que esta em jogo agora no atual momento é a realidade. O real não é mais o que vemos? O que sentimos pelos sentidos? Mas sim aquilo que programamos. A sala de aula não é mais esta sala em que estamos inserido, com uma dezena de alunos. A sala de aula é um lugar, não mais físico, mas virtual.

O virtual educa - XIX Encontro internacional Virtual Educa - Educação para transformar a sociedade em um espaço único multicultural. A FECIBA, as várias possibilidades de ser escola, as escolas técnicas, as varias empresas nacionais e internacionais da área de tecnologia indicavam para uma escola sem muros e sem lousa, uma escola onde o aluno e o professor se desenha em uma relação virtual mas de profundo conhecimento.