1. INTRODUÇÃO
Para Aristóteles, a lógica não é ciência e sim um instrumento (órganon) para o correto pensar.
O estudo da lógica serve para organizar as ideias de modo mais rigoroso, para que não nos enganemos em nossas conclusões. Vamos aqui examinar como surgiu a lógica na Antiguidade grega. Embora os sofistas e também Platão tenham se ocupado com questões lógicas, nenhum deles o fez com a amplitude e o rigor alcançados por Aristóteles (séc. IV a.C.). O próprio filósofo, porém, não denominou seu estudo de lógica, palavra que só apareceu mais tarde, talvez no século seguinte, com os estoicos.
ETIMOLOGIA
Lógica. Do grego logos, "palavra", "expressão", "pensamento", "conceito", "discurso", "razão".
2. DESENVOLVIMENTO
Silogismo
Silogismo nada mais é do que um argumento constituído de proposições das quais se infere (extrai) uma conclusão. Assim, não se trata de conferir valor de verdade ou falsidade às proposições (frases ou premissas dadas) nem à conclusão, mas apenas de observar a forma como foi constituído. É um raciocínio mediado que fornece o conhecimento de uma coisa a partir de outras coisas (buscando, pois, sua causa).
Termo e proposição
A proposição é um enunciado no qual afirmamos ou negamos um termo (um conceito) de outro. No exemplo "Todo cão é mamífero'' (Todo C é M), temos uma proposição em que o termo "mamífero'' afirma-se do termo "cão''.
Princípios da lógica
Para compreender as relações que se estabelecem entre as proposições, foram definidos os primeiros
princípios da lógica, assim chamados por serem anteriores a qualquer raciocínio e servirem de base a todos os argumentos. Por serem princípios, são de conhecimento imediato e, portanto, indemonstráveis.
Geralmente distinguem-se três princípios: o de identidade, o de não contradição e o do terceiro excluído.
Argumentação
A argumentação é um discurso em que encadeamos proposições para chegar a uma conclusão.
Exemplo: O mercúrio não é sólido. (premissa maior)
O mercúrio é um metal. (premissa menor)
Logo, algum metal não é sólido. (conclusão)
Estamos diante de uma argumentação composta por três proposições em que a última, a conclusão, deriva logicamente das duas anteriores, chamadas premissas.
Quadrado de oposições
Com base na classificação das proposições segundo a quantidade e a qualidade, são possíveis diversas combinações, que podem ser visualizadas pelo chamado quadrado de oposições, diagrama que explícita as relações entre proposições contrárias, subcontrárias, contraditórias e subalternas.
Vamos identificar cada proposição com uma letra: A (gerais afirmativas), E (gerais negativas), I (particulares afirmativas) e O (particulares negativas). Para exemplificar, partimos da proposição geral afirmativa "Todo F é G":
Tipos de argumentação
Tradicionalmente dividimos os argumentos em dois tipos, os dedutivos e os indutivos, sendo que a
analogia constitui um tipo de indução.
Falácias
A falácia, ou paralogismo, é um tipo de raciocínio incorreto, apesar de ter a aparência de correção. É conhecida também como sofisma, embora alguns estudiosos façam urna distinção, pela qual o sofisma teria a intenção de enganar o interlocutor, diferentemente da falácia, que seria um engano involuntário.
A lógica pós-aristotélica
Até o século XIX, a lógica aristotélica não passou por mudança essencial, apesar de ter sofrido as mais diversas críticas. Hostil a Aristóteles, a filosofia na Idade Moderna procurou caminhos diferentes daqueles trilhados pelo filósofo grego e pelos medievais.
3. CONTEXTUALIZAÇÃO
A lógica faz parte do nosso cotidiano. Na família, no trabalho, no lazer, nos encontros entre amigos, na política, sempre que nos dispomos a conversar com as pessoas usamos argumentos para expor defender nossos pontos de vista. Os pais discutem com seus filhos adolescentes sobre o que podem ou não fazer, e estes rebatem com outros argumentos. Se assim é, tanto melhor que saibamos o que sustenta nossos raciocínios, o que os torna válidos e em que casos são incorretos.
4. ATIVIDADES
Leitura do livro o alienista de Machado de Assis
(ARANHA, Maria Lúcia de A. e MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução a filosofia. 4. ed. São Paulo : Moderna, 2009. p. 130 )
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