A sala de aula é um espaço de encontro e troca de experiências. Neste sentido as TICs representam nos dias atuais, um elo de ligação entre as várias vidas ali presente. A principal característica do livro didático é sua rigidez quanto ao que cada componente curricular deve trabalhar em sala. Em tese não deveria ser assim. Entre as possibilidades que o livro de didático nos proporciona está a introdução do aluno no estudo de conhecimento sistematizado, bibliográfico, pensado e articulado para ser um saber sequenciado.
Não é o livro didático uma reprodução de uma ideologia de quem de certa forma está gerenciando o país. Talvez ainda não tenhamos nos libertados do ranço de um período da história onde o saber era de certa forma controlado, censurado e até reproduzido de uma outra cultura como forma de dominação. As TICs constitui uma libertação? Uma vez que o aluno pode confrontar com outros textos e outras formas de falar do mesmo assunto? O currículo nem sempre é dinâmico devido o material apresentado pelas instituições de ensino não conseguirem desvencilhar-se de que tipo de conhecimento o aluno precise saber.
O principal desafio é unir livro didático, o que o currículo propõe que aconteça e as novas tecnologias. O livro didático sozinho constitui, hoje, apenas um modo de transmissão de conhecimento, cabe a instituição elencar, contextualizar, os saberes necessários para uma educação a partir da realidade do aluno e com a utilização das novas tecnologias. Hoje, via rede sócias já conseguimos tirar dúvidas, criar grupos privados e de certa forma orientar os alunos.
Quem é o professor do século XXI? Quais são suas principais características? E como ele se localiza, e se situa neste mundo virtual? O que eles expõem? E seus conflitos de interesse versus prática docente? O professor deve possuir um compromisso com a ética para que sua prática não caia na descrença e nem na relativização do saber. Hoje, todos tem acesso então quem quiser que busque. Ao mesmo tempo ainda temos um entrave real que é a juventude da zona rural que ainda não estão todos incluídos neste mundo virtual, ou até mesmo do uso de computadores.
O professor deve atentar para sua prática não se tornar elitista onde um trabalho manuscrito constitui um atraso do aluno. A mídia digital é importante para o professor desde que este aluno esteja também inserido, contextualizado, em um mundo onde a dinâmica do saber gira em velocidade extraordinariamente visível a todos. A utilização das mídias e variedade de mídias na sala de aula deve constituir uma reflexão também sobre a própria mídia.
Uma experiência que me chamou atenção recentemente foi o fato de um aluno que terminou o ensino médio, fez vestibular para a UNEB, passou e o pesadelo dele estava apenas começando, pois ele não dominava a utilização de computadores. A primeira atividade que o professor passou ele chegou a me procurar preocupado, pois a alegria deu lugar a dura realidade de jovens que ainda não consegue fazer um curso de computação e nas escolas temos o desafio de termos laboratório de informática e não estarmos utilizando devido a burocracia para colocá-lo para funcionar.
As hipermídias e hipertextos constitui um avanço para o professor e para o aluno? Sim. Pois, a cada texto que construímos, lemos encontrarmos as suas conexões e relações com os vários pensamento e temas enriquece além de nos propiciar o encontro com obras de vários escritores e produtores de várias obras. Ao mesmo tempo que as hipermídias constituem um novo formato de apresentar um conteúdo. Uma aula ilustrada com vídeos, imagens e textos sem dúvida se torna mais atraente e bem menos enfadonha para os alunos.
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